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Autoestima da criança negra: identidade, pertencimento e potência desde a infância

  • Foto do escritor: Alma Mater Cosméticos
    Alma Mater Cosméticos
  • 4 de set.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 5 de nov.


Crianças negras em um quarto de brincar acolhedor

Você já parou para pensar em como a autoestima da criança negra começa a ser construída ainda na primeira infância? Em um país onde mais de 56% da população é formada por pessoas pretas e pardas, refletir sobre identidade, pertencimento e valorização desde cedo é mais do que necessário: é urgente.


Apesar de representarem a maioria, meninas e meninos negros ainda enfrentam desigualdades históricas no acesso a direitos, oportunidades e até nos espaços de reconhecimento. Essa realidade impacta diretamente sua forma de se enxergar e de ocupar o mundo.


Identidade na infância: onde tudo começa

A infância é uma fase decisiva. As experiências dessa etapa deixam marcas profundas que moldam a forma como cada indivíduo se vê e se relaciona com o mundo. Quando uma criança negra cresce ouvindo que sua pele, seu nariz ou seus cabelos não são “bonitos o suficiente”, o que está em jogo não é apenas estética: é identidade e saúde emocional.


É nesse período que meninos e meninas aprendem a se olhar no espelho e a acreditar no reflexo que veem.


O impacto do racismo estrutural na autoestima

Vivemos em uma sociedade marcada por padrões estéticos eurocentrados. Isso significa que traços afrodescendentes, como a textura do cabelo, o tom da pele e o formato do nariz, ainda são vistos de forma negativa em muitos contextos.


Desde cedo, crianças negras percebem olhares, comentários e ausências de representatividade. Esse silêncio, somado a microagressões, pode gerar insegurança e ferir a construção da autoestima. E os efeitos não ficam restritos à infância: alcançam a vida adulta, afetando autoconfiança, escolhas profissionais e até a sensação de pertencimento.


Por que fortalecer a autoestima da criança negra é urgente?

Estudos apontam que a autoimagem infantil influencia diretamente o desempenho escolar, a capacidade de socialização e até o bem-estar físico. Crianças que se sentem aceitas e valorizadas tendem a desenvolver maior confiança, curiosidade e vontade de explorar o mundo.


Por outro lado, quando a autoestima é fragilizada, há maior risco de isolamento, ansiedade e queda no rendimento. E, no caso de crianças negras, esses impactos estão diretamente associados às experiências de racismo estrutural e à falta de representatividade positiva.


O papel da família na construção da autoestima

A família é o primeiro espaço de acolhimento e pertencimento. Pequenas atitudes cotidianas podem fazer toda a diferença:


  • Valorizar a estética negra: elogie o cabelo crespo, os traços e a pele da criança. Isso ajuda a criar associações positivas desde cedo.


  • Criar rituais de cuidado: momentos simples, como pentear o cabelo ou escolher juntos produtos adequados, podem se transformar em demonstrações de afeto.


  • Falar sobre ancestralidade: contar histórias de resistência e orgulho ajuda a criança a se ver como parte de uma trajetória maior.


O papel das escolas e da sociedade

Escolas são ambientes fundamentais para reforçar, ou enfraquecer, a autoestima. Professores e colegas têm impacto enorme na forma como a criança negra se percebe. Por isso, é essencial:


  • Garantir que os materiais didáticos tragam referências positivas de personagens negros.


  • Promover conversas sobre diversidade de maneira aberta e respeitosa.


  • Adotar políticas contra discriminação, acolhendo prontamente relatos de preconceito.


Na sociedade em geral, empresas e instituições também podem contribuir apoiando iniciativas que promovam representatividade, diversidade e equidade.


Exemplos práticos de valorização

Algumas práticas simples podem ajudar a transformar a infância negra em um espaço de potência:


  • Livros infantis com representatividade: títulos como Meu Crespo é de Rainha (Bell Hooks) e Amoras (Emicida) são ferramentas poderosas para fortalecer a identidade.


  • Brinquedos diversos: bonecas e bonecos negros ajudam a normalizar a diversidade.


  • Referências na mídia: assistir juntos a desenhos e filmes com protagonistas negros amplia o repertório de identificação.


  • Rotina de cuidados capilares: usar produtos adequados ao cabelo crespo infantil reforça que cada fio é digno de carinho e atenção.


O futuro se constrói hoje

Cuidar da autoestima da criança negra não é apenas um gesto de amor individual, mas um compromisso coletivo. Cada palavra de incentivo, cada gesto de valorização e cada espaço de representatividade plantam sementes para uma sociedade mais justa e igualitária.


Ao celebrar cada cacho, cada traço e cada sorriso, estamos ajudando a construir um futuro em que meninos e meninas negros cresçam reconhecendo-se como belos, capazes e protagonistas de suas histórias.


👉 Na Alma Mater acreditamos que autoestima também nasce no cuidado. Nossa linha Meu Crespinho Baby foi criada para apoiar famílias nesse processo: produtos desenvolvidos com ativos naturais, seguros e pensados para os cachinhos de bebês negros. Mais do que cosméticos, queremos oferecer um gesto de carinho e orgulho em cada banho.



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Porque toda infância negra merece crescer com confiança, pertencimento e potência.


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por Simone Aguiar

Diretora executiva na Alma Mater Cosméticos





Simone é mãe, avó e farmacêutica, graduada pela UFRGS. Atua no mercado de cosméticos há 40 anos, tendo desenvolvido mais de 100 formulações comerciais ao longo de sua carreira como consultora e colaboradora em grandes empresas como Biolab Farmacêutica, Body Store, The Body Shop/Natura.

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